O Dia do Soldado foi celebrado, nesta quinta-feira, no 4º Batalhão Logístico (4º B Log), no Bairro Boi Morto. Ao todo, 12 organizações militares da guarnição de Santa Maria, incluindo a Força Aérea Brasileira, estiveram presentes, além de autoridades civis e militares.
A cerimônia também fez alusão a Duque de Caxias, Patrono do Exército, e aos 200 anos da Independência do Brasil.
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O soldado do Efetivo Variável João Pedro Guerra Barbosa, 19 anos, serve no 3ª Grupo de Artilharia de Campanha Autopropulsado (3 º GAC AP), o Regimento Mallet, e conta como está sendo esse período de dedicação à Pátria. Ele está no Exército há cerca de 6 meses, desde que ingressou para o serviço militar obrigatório.
– Com certeza, tem sido algo bom para mim. Não é fácil, é uma jornada longa, mas que vem a me tornar uma pessoa melhor. Fiz muitas amizades nesse período – diz.
Guerra, como é conhecido internamente, também explica que tem familiares que são militares de carreira, o que o inspira em seguir na profissão.
O militar do Efetivo Profissional da 13ª Companhia de Depósito de Armamento e Munição (13ª CIA DAM) Gustavo Leal Barbosa, 20 anos, explica a atuação do soldado, com base nos princípios da ordem e da disciplina:
– Ser soldado é um modo de vida diferente, com base em valores ético e morais, e com muita disciplina. O período básico é o que nos faz mudar a forma de pensar, depois mantemos o padrão militar.
Embora a data faça menção ao soldado, todos os outros postos são representados nessa comemoração, como cabos, sargentos e oficiais. Um dos convidados de honra para celebração foi o ex-combatente da Força Expedicionária Brasileira (FEB), Taltíbio de Mello Custódio. Ele é o último pracinha vivo da região e recebeu as merecidas honras na solenidade.
Foto: Nathália Schneider (Diário)O ex-combatente da Força Expedicionária Brasileira Taltíbio de Mello Custódio foi um dos homenageados
Sempre cheio de orgulho e de memórias da 2ª Guerra Mundial, o pracinha falou a respeito de como foram os dias de guerra na Europa.
– É um privilégio. Eu estou com 101 anos e fui para guerra (na Itália). Eu sempre acreditei que voltaria (ao Brasil). A viagem do Rio de Janeiro a Nápoles nos castigou bastante no navio. Eram 5.500 homens. Quando a guerra terminou, ficamos muitos felizes.
Sobre todas as medalhas que já recebeu, as quais carrega no terno, Taltíbio acredita ser um reconhecimento por parte do Exército Brasileiro.
– Tenho muita gratidão pelo Brasil, pelo Exército e pelos comandantes militares que nos trataram muito bem, como filhos. Tenho muita gratidão pelo tempo que passei dentro do quartel – afirma o ex-combatente.
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